O Decanato de Extensão da Universidade de Brasília (DEX/UnB) publicou nesta segunda (25/05) a Resolução N. 01 da Câmara de Extensão (CEX), que estabelece os procedimentos operacionais para implementação do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA) para a institucionalização das atividades de extensão da UnB.
A plataforma, que tem base no sistema desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), já está em funcionamento na UnB, e substitui o Sistema de Extensão (Siex). O Siex vai deixar de funcionar para cadastrar novas propostas, mas permanece como banco de dados e memória.
O SIGAA faz parte do Projeto SIG, cuja proposta é a transição dos sistemas da UnB para uma plataforma única, o SIG-UnB. Lá se encontram os principais módulos de gestão da Universidade: administração e comunicação (SIGAdmin), recursos humanos (SIGRH) e administrativo (SIPAC). Agora, as atividades de extensão devem ser registradas no sistema SIGAA. O próprio sistema também certifica a participação em atividades de extensão, desde que o interessado tenha cadastro prévio.
As atividades de extensão são classificadas como programas, projetos, cursos, eventos e prestação de serviços. A nova resolução de extensão também vale para as empresas juniores da UnB e ligas acadêmicas institucionalizadas como atividade de extensão. Com as atividades presenciais suspensas, atividades online estão ganhando força na UnB. A modalidade à distância também está presente, com a possibilidade de cursos com atividades educativas realizadas em ambientes virtuais.
O diretor técnico do DEX, Alexandre Pilati, explica que, agora, o coordenador terá autonomia sobre todas as etapas do projeto de extensão, desde o cadastramento, passando por editais e bolsas, até o relatório. “Favorece o caráter dinâmico da extensão”, diz.
“A adoção do SIGAA deixará o trâmite da extensão muito mais simplificado e rápido”, afirma Pilati. “Além disso, o SIGAA permite à UnB um acesso mais refinado à base de dados das atividades de extensão, o que melhora a transparência sobre o que é feito em termos de extensão, a comunicação com a comunidade e o desenho das políticas de extensão”.
Participação de servidores na extensão – Um dos destaques da Resolução é que as atividades de extensão agora podem ser coordenadas também por técnicos-administrativos da UnB, desde que tenham nível superior. Quando a proposta de atividades tiver coordenação de um técnico, um docente da UnB deverá atuar como coordenador adjunto, para atender a Resolução 07/2018 do CNE/CES.
Para o professor Alexandre Pilati, essa mudança é fruto da articulação com a política da atual gestão de valorização dos servidores técnico-administrativos e do incentivo a uma participação cada vez maior nas ações importantes da Universidade. “Temos servidores técnico-administrativos muito qualificados e muito integrados aos processos da extensão e acreditamos que essa possibilidade de coordenação será muito benéfica para ampliarmos ainda mais a institucionalização das atividades na UnB”, afirma.
Servidor da Faculdade de Planaltina (FUP) desde 2010, Ivonaldo Neres atua na extensão há quatro anos. Mestre em Gestão Pública pela UnB, ele tem artigos sobre extensão publicados, além de um capítulo no livro FUP 10 Anos: um campus por inteiro.
Ivonaldo participa do controle e acompanhamento dos projetos, inclusive frequências e certificados. Também foi vice-coordenador do Colegiado de Extensão da FUP e auxilia a organização da participação da Faculdade em eventos como Agrobrasília e Semana Universitária.
Para ele, a chance de coordenar um projeto de extensão é muito importante, e o servidores já tem planos. “Pretendo coordenar ações na área de gestão de pessoas e tecnologias. Também quero institucionalizar um projeto para acompanhar a desenvolvimento profissional dos servidores no cargo”, diz.