O curso de Engenharia Mecatrônica da Faculdade de Tecnologia (FT) será pioneiro na inserção curricular da extensão após aprovação do Projeto Pedagógico de Curso (PPC). O novo currículo deve entrar em vigor em janeiro de 2023. O processo de Inserção Curricular da Extensão, que teve seu início em 2018, chegará em todos os cursos de graduação da Universidade de Brasília até a data provável de agosto de 2022. A meta 12.7 do Plano Nacional de Educação (PNE) prevê a extensão universitária como no mínimo 10% da totalidade de créditos exigidos na graduação. O artigo 207 da Constituição Federal expressa que a extensão deve ser desenvolvida de forma indissociável do ensino e da pesquisa. O coordenador de extensão da FT, Adriano Rosa, contou sobre o processo de adesão do PPC e sobre a importância da inclusão da extensão na matriz curricular.
O coordenador afirmou que “a inserção curricular da extensão vai fazer com que haja ainda mais interação entre as instituições de ensino superior e as comunidades que as envolvem”. Na adequação da matriz curricular do curso de Engenharia Mecatrônica, segundo Adriano, “foram criados componentes do tipo disciplina, com carga horária total em extensão. Como o curso de Mecatrônica é coordenado por 3 departamentos, foram criadas também disciplinas de extensão vinculadas a cada um deles. Além disso, foram criados dois componentes do tipo atividade. Nesses componentes, o aluno participa de ações de extensão de toda a UnB (projetos, cursos, eventos, prestação de serviço), como protagonista, e pede o aproveitamento do componente quando tiver a carga horária equivalente. Por fim, o Trabalho de Conclusão de Curso da Mecatrônica terá uma parte da carga horária dedicada à extensão”.
Internamente, para que a adaptação seja viabilizada, a FT prevê um período de transição, contou Adriano, e a conscientização de docentes e discentes sobre a importância da extensão para a universidade e para a sociedade. O FT também tem trabalhado em busca de recursos, como de locomoção e de espaços dentro e fora da UnB. Como contribuições à sociedade a nova matriz curricular pode gerar, afirma Adriano: “um número maior de cursos e eventos abertos a todos e uma maior interação da universidade com as escolas do DF, especialmente as públicas. Uma maior interação da universidade com as empresas e indústrias, por meio de projetos de extensão e por meio da prestação de serviços”.
Adriano ainda ressaltou que os componentes de extensão podem ser tipo disciplinas ou atividades. As disciplinas devem apresentar características extensionistas, como protagonismo estudantil e interação direta com a comunidade externa. Já o tipo atividades, os discentes devem participar de ações de extensão da UnB e acumular os certificados com a carga horária de cada ação. O coordenador ainda lembrou que para ser extensão o aluno deve ser protagonista da ação, e não ouvinte ou apenas participante. Por último, o coordenador destacou que nenhuma mudança é fácil e que uma nova postura será adotada, tanto pela universidade quanto pelos discentes a partir do ano que vem.
*Bolsista do Programa Extensão e Comunicação em Rede.