Parte da Rede de Polos, Paranoá e Itapoã terão atuação de 19 projetos da UnB

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Professora Maria de Lourdes fala sobre a parceria entre UnB e comunidade do Paranoá e Itapoã. Foto: Isadora Vergara. 

 

Foi com muita receptividade que a Universidade de Brasília (UnB) inaugurou o Polo de Extensão do Paranoá na última quarta-feira (22). Com a participação de gestores públicos, movimentos sociais e população da cidade, a UnB apresentou os 19 projetos de extensão que atuam na região.

 

Rogério Ferreira, diretor de Desenvolvimento e Integração Social do Decanato de Extensão (DDIS/DEX), comemorou o engajamento da comunidade. “Várias das pessoas que estão aqui lutaram muito para termos o espaço de referência da UnB no Paranoá”, disse.

 

O Decanato de Extensão faz a gestão da Rede de Polos, um programa de ação contínua que reúne cinco Polos da UnB que atuam junto a comunidade de cidades do Distrito Federal e Entorno. Olgamir Amancia, decana de Extensão da UnB, reforçou o compromisso da universidade com a população do Paranoá e Itapoã. “Tivemos um diálogo intenso com os movimentos sociais”, contou. “A criação do polo é o primeiro passo para alcançar o sonho de ter o campus nesta região”.

 

Pesquisador do Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Educação Popular e Estudos Filosóficos e Histórico-Culturais (Genpex), o professor Renato Hilário (FE/UnB) trabalha há décadas junto às comunidades do Paranoá e do Itapoã. “Não é só a universidade que ensina, mas também aprende, não é suficiente partilharmos essa produção do conhecimento”, argumentou. “A universidade vai ao encontro das necessidades sociais”.

 

Coordenado pela professora Erondina Azevedo, do Instituto de Física, o Polo de Extensão do Paranoá tem 19 projetos nas áreas de educação, saúde, cultura, meio ambiente, direitos humanos e tecnologia. Entre os projetos, está o coordenado por Erondina, Monitoramento dos Impactos Ambientais em áreas urbanas, além do Projeto Nossas Vozes: comunicação para adolescentes e jovens, Cine Pipoca no Rolê e LeiA - Leitura e Ação Lúdico-Pedagógica para Crianças, entre outros.

 

SETOR PÚBLICO APOIA – O apoio do setor público na viabilização das atividades presenciais do Polo também está garantido. O evento teve a participação dos atuais administradores das Regiões Administrativas do Paranoá e do Itapoã, além do ex-administrador do Paranoá. Junior Carvalho, administrador do Paranoá, afirmou que o momento é histórico. “Estamos em uma fase de inclusão social e desenvolvimento econômico do Paranoá. São esforços para melhorar a qualidade de vida da população”.

 

Antigo administrador da cidade, Sérgio Damaceno, destacou a parceria histórica entre a comunidade e a UnB: “Se a gente for enumerar, são muitos projetos que a UnB trouxe”. Marcus Cotrim, administrador do Itapoã e ex-aluno da UnB, também comemorou a quantidade de projetos que são realizados na região.

 

PARTICIPAÇÃO POPULAR – Militante histórica do Paranoá, a professora aposentada Maria de Lourdes Pereira falou sobre a parceria da UnB com a comunidade. Desde 1986, o Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá (Cedep), do qual é fundadora, desenvolve um trabalho de educação de jovens e adultos em conjunto com o Genpex.

 

“Faz alguns anos que desenvolvo um projeto aqui na comunidade”, contou. “Hoje é só um degrau. Os professores e departamentos comprometidos estão sempre aqui”.

 

Representante do Movimento pela UnB no Paranoá/Itapoã (Mupi), Garibel Antoneto falou um pouco sobre a história do movimento que demanda um campus da UnB na região. Criado em 2015, o Mupi já contou com a participação de 22 entidades. “É uma vitória do movimento popular ter o polo de extensão”, celebra.

 

REPE – A partir da perspectiva de expansão territorial da Universidade, surgiu a Rede de Polos de Extensão (REPE), oficializada em abril de 2022. A resolução, aprovada pela Câmara de Extensão (CEX), estabelece a REPE como um Programa de Ação Contínua gerido pelo DEX. A ideia é integrar projetos que já são realizados e estimular a criação de novas propostas. Hoje, 61 projetos atuam nos cinco Polos de Extensão. A Rede deve integrar ações interdisciplinares de extensão, articulada com ensino e pesquisa.

 

Além do Paranoá, a UnB tem Polos de Extensão na Cidade Estrutural, Recanto das Emas, território Kalunga (que está nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre, em Goiás) e Chapada dos Veadeiros (em Alto Paraíso, Goiás).

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