Tecnologia 3-Touch SOS foi criada pela Universidade do Envelhecer e destacou-se em competição europeia

 
Aplicativo 3-Touch SOS foi idealizado como uma ferramenta intuitiva para ligar pessoas em situações de emergência às pessoas mais próximas de sua rede de apoio. Imagem: Reprodução

 

Desenvolvido por colaboradores do programa de extensão Universidade do Envelhecer (UniSer) da Universidade de Brasília, o aplicativo 3-Touch SOS foi idealizado como uma ferramenta intuitiva para ligar pessoas em situações de emergência às pessoas mais próximas de sua rede de apoio. Nos dias 25, 26 e 27 de março, o aplicativo foi apresentado no Women in Tech Hackathon 2022, um evento on-line promovido pela empresa Riga TechGirls, da Letônia, que visa inspirar e empoderar mulheres no ramo da tecnologia.

 

A maratona de programação deste ano teve como tema Mulheres. Paz. Segurança, com objetivo de apresentar ideias inovadoras, protótipos e soluções dentro da temática. O evento contou com mais de cem inscritos, de diferentes países, mas apenas nove equipes conseguiram entregar o produto final. Foram três dias de trabalho intenso e de superação. A equipe da UniSer venceu obstáculos como a língua estrangeira e a diferença de fuso-horário, sempre com boa energia e espírito de equipe.

Vice-coordenadora pedagógica da UniSer, a professora Vívian Santos representou a equipe durante a apresentação final. Imagem: Reprodução

 

O resultado foi apresentado na cerimônia de encerramento, com um vídeo do produto final e defesa para o júri. Com o projeto do aplicativo 3-Touch SOS, a equipe da UniSer recebeu o prêmio especial de Melhor Ideia para Ir Adiante, com uma vaga no programa de pré-aceleração da aceleradora de startups Wise Guys.

 

Integrante da equipe e vice-coordenadora pedagógica da UniSer, a professora Vívian Santos destacou a diversidade do time como um trunfo. Vale lembrar que o foco do programa de extensão é ofertar ações de preparação para o bem-viver para o público a partir de 45 anos de idade. “A equipe intergeracional e multidisciplinar fez toda a diferença. O hackathon nos permitiu nos conhecer melhor, criar laços que certamente fortalecerão nosso trabalho como equipe e nos provou na prática como o ambiente intergeracional pode construir grandes ideias.”

 

“A grande contribuição da Universidade de Brasília e da equipe UniSer foi a de oportunizar o encontro dessas pessoas, uma equipe diversificada composta por alunos, docentes e egressos da UnB, e em especial as egressas do programa UniSer que de fato levaram o aprendizado no programa a frente e se tornaram hoje exemplos de que a maturidade é fonte de grandes potencialidades. É a UnB fazendo sua parte na construção de uma sociedade para todas as idades. Essas pessoas juntas fizeram um excelente trabalho e vão prosseguir com a concretização dessa ideia, que pode ajudar muitas pessoas em situação de emergência”, conta Kerolyn Garcia, coordenadora executiva da UniSer e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias da UnB.  

 

A cerimônia foi transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da Riga TechGirls e contou com a participação de uma torcida virtual pelo o chat ao vivo da plataforma. Mesmo de forma on-line, os representantes da equipe contam que puderam sentir a energia da torcida organizada por colaboradores da UniSer e da UnB.

Equipe que integrou a jornada no hackathon foi grande, interdisciplinar, diversa e intergeracional. Imagem: Reprodução

 

“A torcida fez um show à parte no chat ao vivo! A equipe trabalhou junto o tempo todo. Cansamos juntos e tivemos uma vitória juntos. A harmonia da equipe foi tão natural quanto a luz do dia. Não há como dizer que a ideia foi de um ou de outro porque pensamos e construímos tudo em união. Tem a cara de todos nós no projeto. Cada um com sua habilidade diferente fez o 3-Touch SOS ficar mais bonito. O mais incrível é que a equipe se conheceu de verdade no evento, nunca havíamos trabalhado diretamente juntos”, relataram os integrantes.

 

A equipe foi formada ainda pela estudante de graduação da UnB, professora de língua brasileira de sinais e tutora de unidade na UniSer, Ana Karoline Versiane Soares Araújo; pelas alunas egressas do curso de Educador Político Social em Gerontologia da UniSer e atualmente professoras da UniSer, a advogada Diva Mascarenhas Borges e a especialista em revisão de textos Celia Regina Batista da Luz; pela psicóloga e assistente na UniSer Andreia Doria Maria de Lima e pelo engenheiro civil Jhonata da Silva Fonseca. Cooperou como consultora a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologias da UnB Kerolyn Garcia, atual coordenadora executiva da UniSer e participante de outras edições do hackathon. Participaram ainda os colaboradores e egressos da UnB Matheus Assis Silva e Karen Ramos, além da coordenadora de Comunicação e Marketing da UniSer, Thays Nunes.

 

“A orientação das egressas Diva e Célia sobre questões do que é intuitivo e do que não é intuitivo para o idoso, de ter uma tecnologia que se voltasse às pessoas com deficiência para terem facilidade no uso em qualquer situação e a visão compartilhada e intergeracional da equipe deu credibilidade para a formulação de uma proposta inovadora e que atende a uma necessidade real da população mundial. Isso reforça a importância de programas educacionais para a maturidade promovidos em um ambiente acadêmico, intergeracional e multidisciplinar”, avalia Margô Karnikowski, coordenadora geral do Programa UniSer/UnB.

 

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