Para estabelecer um diálogo com a sociedade, o Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI) e o Decanato de Extensão (DEX) da UnB expõem, até domingo (27), projetos de pesquisa e de extensão, além de iniciativas produzidas pelos departamentos ou nascidas na universidade. A iniciativa contempla a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação, que desde segunda-feira (21), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade, reúne diversas instituições, públicas e privadas, focadas no desenvolvimento tecnológico do país, assim como divulgação científica e à participação popular.
Docentes, estudantes e pesquisadores inspiram, por meio dos 15 espaços destinados a apresentação, crianças, adolescentes e famílias sobre as possibilidade que podem ser construídas na Universidade. De acordo com a técnica em assuntos educacionais Fabiana Machado, o movimento que começou tímido durante a acomodação dos projetos, mas já atrai um grande número de visitantes ao mostrar para onde vão investimentos da sociedade dentro na Universidade. “São projetos que atendem a todos: público infantil, alunos de ensino médio e quem já está graduado. São projetos que buscam tornar a educação mais atrativa, com o uso de inovação tecnológica”, resume.
Egressa do curso do Departamento de Engenharia Elétrica, Juliana Martinelli trouxe à exposição o projeto de impressão 3D da InovaHouse 3D para construção civil. A máquina da equipe, desenvolvida na UnB, foi a primeira de impressão 3D feita na América Latina. Hoje a empresa presta serviços de impressão 3D para design de produtos, desenvolvimento de pesquisas e para artigos pessoais, além de como contribuir para a construção civil em três regiões do país.
Fundadora e chefe-executiva da empresa, Martinelli preza por manter o espírito jovem e inovador dentro da empresa. Ao lado da irmã, Myrna Martinelli, estudante do quarto semestre de Economia, e do estudante de Engenharia Mecatrônica Guilherme Sampaio, ela comemora a possibilidade de expor na SNCT. "Acho super importante, pois temos uma espaço para apresentar o que estamos desenvolvendo e mostrar à população o que está ocorrendo dentro da Universidade e no Brasil”, ressalta.
Responsável pelo espaço virtual do Museu do Cerrado, a professora da Faculdade de Educação (FE) Rosangela Correia divulga há dois anos a produção científica e os saberes populares de povos indígenas e comunidades tradicionais. A professora ressalta o projeto como ambiente para debater todos os aspectos da região, entre fauna e flora, e propõe um olhar cuidadoso aos animais silvestres e a diversidade de peixes, além da gastronomia local representada pelos frutos típicos, sementes e temperos. “Na UnB temos diversas pesquisas provando que os frutos do Cerrado são altamente proteicos e nutritivos”, aponta.
A pedagoga Regina Pantoja e seu marido, João Carlos, levaram a filha Neide para conhecer a feira tecnológica. Quem sabe, conseguem despertar nela o desejo pela pesquisa. Segundo a mãe, é importante que a juventude esteja por dentro das novidade do mundo tecnológico. “Queremos ela entenda uma pouco mais sobre esse universo, ainda mais num espaço bacana, gratuito e que dá oportunidade de acesso às escolas, sejam elas públicas ou privadas.”
*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.