Quem anda pelos corredores do Instituto de Central de Ciências (ICC) depara-se, sobretudo no período prévio à seca, com belezas naturais de saltar aos olhos. Flores nativas do Cerrado e de ciclo curto, além de plantas rasteiras, como zínia persa, gaillardia, sálvia azul, neve da montanha, linho e a margaridinha-escura, são algumas das espécies que dão um colorido aos 5 mil metros de área verde do edifício histórico. A concepção paisagística é resultado do projeto de extensão Jardim de Sequeiro, premiado recentemente na V Bienal Latino-americana de Arquitetura de Paisagem.
O reconhecimento internacional, concedido na categoria Obra Construída pela Sociedade de Arquitetos Paisagistas do México, deu-se pelo potencial da iniciativa em promover soluções inovadoras para os problemas sociais e ambientais da América Latina. "Foi muito gratificante receber esse prêmio. Não só pela premiação em si, mas por ver que o jardim está saindo do ambiente universitário", celebra Brenda Cristina Souza, estudante de Ciências Ambientais e integrante do projeto.
O Jardim de Sequeiro foi idealizado em 2020, a partir de parceria entre a Prefeitura da UnB e a Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV), com o intuito de repaginar os canteiros do ICC com alternativa paisagística experimental cuja implantação e o manejo são de baixo custo. "É um jardim temporário, que a gente planta por semeadura direta no começo das chuvas, e ele vai numa sucessão de florações até a seca", explica o professor da FAV e coordenador do projeto, Júlio Pastore, em entrevista à UnBTV.
Para que a renovação do jardim ocorra anualmente, as sementes que ali germinam são aproveitadas a partir de colheita durante o inverno, estação seca em regiões de Cerrado. A semeadura para o terceiro ciclo de floração será realizada em breve.
Saiba mais sobre o Jardim de Sequeiro e a premiação em vídeo da UnBTV:
*Com informações da UnBTV.