Evento da FCE conta com participação de decana de Extensão e diretor do DEX. Foto: Divulgação. 

A Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (FCE/UnB) promoveu na última quarta (27/10) o evento “Construção da Integralização da Extensão na FCE - sensibilização com base em experiências exitosas” para discutir o processo de inserção curricular da extensão.

O objetivo é regulamentar a creditação de atividades de extensão como componente curricular nos cursos de graduação da Universidade de Brasília por meio da participação de estudantes em extensão universitária, de acordo com a meta 12.7 do Plano Nacional de Educação (PNE), que prevê o mínimo de 10% do total de créditos exigidos para a graduação para programas e projetos de extensão universitária.

Em resolução publicada em dezembro de 2018, o MEC estabeleceu diretrizes para a inserção curricular da extensão nos projetos pedagógicos de todos os cursos de graduação. Diversas atividades formalizadas junto ao DEX e cadastradas no SIGAA poderão dar créditos aos estudantes: participação em programas e projetos de extensão, além de cursos, oficinas e eventos, desde que vinculados a projetos. Disciplinas novas ou já existentes também podem ser integral ou parcialmente dedicadas à extensão.

EXPERIÊNCIAS – O evento interno contou com a presença de todos os coordenadores de curso da FCE, além de muitos professores. Os convidados externos foram a professora Ana Inês Sousa, Assessora Especial da Pró-Reitora de Extensão da UFRJ, o professor Graco Aurélio Câmara de Melo Viana, Pró-reitor de Extensão da UFRN e a professora Claudia Mayorga, Pró-Reitora de Extensão da UFMG. Os convidados discutiram o formato, potencialidades e fragilidades na implantação, monitoramento e gestão das ações de extensão.

“A troca de experiências se mostrou muito rica porque pudemos visualizar como instituições renomadas que estão no processo da integralização dos créditos de extensão há mais tempo, se organizaram, fizeram as articulações necessárias entre os cursos e com a gestão e operacionalizam na prática as ações junto às comunidades”, conta a professora Paula Melo Martins, da FCE.

“Foi importante ver que de acordo com o território, as características da comunidade local e os cursos em questão as ações se diferenciavam totalmente. A experiência da UFRJ foi muito importante pois trouxe um olhar diverso sobre as possibilidades e campos de ação das práticas extensionistas. A UFMG trouxe um ponto importante sobre o olhar da prestação de serviços como atividade de extensão e a UFRN finalizou com a questão do pensar operacional na gestão destas ações”, analisou.

Para o processo de inserção curricular, a FCE montou uma comissão para construir um processo que se adeque às características da unidade, às necessidades da comunidade, e que dê o suporte necessário para que os cursos tenham a liberdade de propor suas ações construindo um perfil do egresso apropriado ao propósitos maiores da educação e cidadania. A Comissão tem a representação dos 6 cursos, do Colegiado de Extensão e da Direção.

“Já pensamos em programas institucionais e em ações de formato comum e coletivo. O próximo passo é conversar mais com o DEG/DEX para levar as dúvidas dos coordenadores de curso e seus NDEs [Núcleo Docente Estruturante] a fim de finalizar uma minuta de resolução que estará em consulta pública, em nossa unidade até dezembro”, explica.

O professor Alexandre Pilati, diretor técnico de extensão da UnB, considera que compartilhar experiências com outras universidades é fundamental. Para ele, o evento traz uma contribuição importante para os currículos da FCE. “Pode torná-los ainda mais conectados com as necessidades da sociedade brasileira e mais variados em termos de temáticas e metodologias de ensino”, avalia.

“​A FCE é uma unidade da UnB que tem muita tradição na extensão. Assim, o que percebemos é que o debate sobre a extensão ali está muito maduro e não será muito difícil chegar a um consenso sobre como ela impactará nos currículos a partir de 2023. Temos acompanhado com muito interesse o processo nas demais unidades da UnB e ficamos muito satisfeitos e esperançosos pelo fato de percebermos que atualmente o debate sobre a extensão nos currículos tem sido muito tranquilo e tem mobilizado bastante a comunidade”.

GUIA – No dia 23 de novembro, o DEX vai lançar o Guia de Inserção Curricular da Extensão UnB. A ideia é que o material contenha sugestões de procedimentos para ajudar os Projetos Pedagógicos dos Cursos e exemplos de experiências bem sucedidas de creditação da extensão. Assista.