O Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI) e o Decanato de Extensão (DEX) da Universidade de Brasília se juntam na Semana Universitária 2021 para promover um debate aprofundado sobre o reconhecimento de mulheres na ciência. A atividade será realizada on-line nesta terça-feira (28), das 14h30 às 18h, e terá a decana de Pesquisa e Inovação, Maria Emília Walter, à frente da programação. A transmissão ocorrerá pelo canal Extensão UnB, no YouTube.
>> Confira a programação da Semana Universitária 2021
O objetivo é impulsionar a discussão já existente na UnB para criar uma política que garanta às docentes, técnicas e estudantes da instituição envolvidas em projetos de pesquisa e extensão o devido crédito e incentivo por seu trabalho, além de estimulá-las a continuar produzindo conhecimento com o justo apoio que necessitam. “Este é o primeiro passo, de uma série de ações que estamos pensando, para debater, de forma ampla, colaborativa e inclusiva questões sobre a atuação profissional das mulheres”, afirma Maria Emília Walter.
VALORIZAÇÃO DELAS – A decana ocupou cargos de gestão durante a maior parte de sua carreira – no antigo Centro de Informática (CPD), atualmente Secretaria de Tecnologia da Informação (STI), no Departamento de Ciência da Computação (CIC) e no Instituto de Ciências Exatas (IE). Para ela, é importante que as jovens estudantes vejam outras mulheres em posições de liderança.
“Acredito que temos, como mulheres, muito a contribuir em cargos de gestão, administrativos e de pesquisa, pois somos em geral muito dedicadas, detalhistas, e temos metas a atingir, que perseguimos com muita tenacidade e competência técnica”, frisa.
Na Universidade de Brasília, a produção científica em diversas temáticas tem ganhado cada vez mais espaço de representação feminina. A exemplo, 53% das pesquisas da instituição relacionadas ao combate à covid-19 são lideradas por mulheres. Mesmo assim, Maria Emília Walter lamenta que o número de cientistas conhecidas, mesmo no meio acadêmico da UnB e do Brasil afora, ainda é muito pequeno se comparado ao dos homens.
Ela reforça, ainda, que a permanência de mulheres nas universidades e a conquista de espaço por elas não dependem somente de ambição, mas da colaboração das instituições em que estão inseridas. “Não basta apenas ter vontade. É necessário ter as condições mínimas para alcançar esses objetivos, condições que a universidade precisa desenvolver”, avalia.
*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.