Projeto de extensão busca apresentar área de computação para estudantes de ensino médio 

 

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Projeto de extensão Meninas.comp comemora 10 anos com direito a bola de aniversário. 

 

Computação também é coisa de menina! Essa é a máxima do projeto de extensão Meninas.comp, que comemorou 10 anos de existência em um evento online apoiado pelo Decanato de Extensão da Universidade de Brasília (DEX/UnB). O evento foi transmitido pelo canal da Extensão no Youtube e pode ser assistido na íntegra. 

 

O Meninas.comp é um projeto que busca estimular o ingresso de meninas de escolas públicas do Distrito Federal e entorno em cursos ocupados majoritariamente por homens. O projeto foi idealizado em 2010 por três professoras do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Brasília: Aletéia Araújo, Maristela de Holanda e Maria Emília Walter. A mascote do projeto, AME, leva iniciais das três fundadoras.

 

Na época, as professoras perceberam que a quantidade de mulheres que ingressavam no curso de Ciência da Computação não só era muito baixa, mas as que decidiam continuar na graduação era ainda menor.

 

“As pesquisas internacionais mostram que times que tenham diversidade de gênero e de etnia, são muito mais produtivos economicamente”, explica a professora Maria Emilia Walter. “É importante atrair meninas”. 

 

No início do projeto, em 2010, o primeiro desafio foi descobrir o que as meninas do Distrito Federal pensavam sobre o curso e sobre a profissão. “Primeiro, achavam que era coisa de menino, ou para pessoas muito inteligentes”, conta Maristela Holanda. “Nossos primeiros três anos foram de persistência. Acreditar que podíamos mudar um pouco o cenário da computação e aumentar o número de meninas no nosso curso”. 

 

Aletéia Araújo contou que o ano de 2014 foi um divisor de águas para o projeto Meninas.comp. “O projeto foi aprovado em um edital do CNPq. Obrigatoriamente, teríamos que fazer parceria com uma escola”.

 

Foi assim que se iniciou a parceria com Carlos Alberto, o Carlão, professor de matemática do Centro de Ensino Médio Paulo Freire. “Nesse momento, saímos dos ‘muros virtuais’ da UnB para irmos até as escolas. Foi importantíssimo”, diz a professora Aletéia. 

 

O professor Carlos Alberto abraçou a causa, e iniciou uma oficina semanal de Arduino com quatro estudantes do colégio e uma extensionista da UnB. “Atualmente, mais e mais escolas querem participar”, comemora Carlão. 

 

Nesses dez anos, o projeto passou de uma parceria para onze. Além do CEM Paulo Freire, as Meninas.comp desenvolvem atividades em escolas na Asa Norte, escolas no Lago Sul, Lago Norte, Núcleo Rural Vargem Bonita, Santa Maria, Taguatinga, Gama, Valparaíso e dois municípios de Goiás, Formosa e Cidade Ocidental. 

 

As Meninas.comp também estão sempre presentes em eventos como a Semana Universitária da UnB, da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), do WIT (Women in Information Technology), Campus Party e TIC TAC (Tecnologia da Informação e Comunicação e Transformação, Atitude e conhecimento), um evento promovido pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência especializada das Nações Unidas (ONU).

 

Veja o evento na íntegra no Youtube: 

 

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