Parceria do DEX com curso de Museologia deve render editais e estimular a criação de novos espaços para visitação

04fev2020 triangular betomonteiro 00011

Espaço da Casa Niemeyer durante a exposição Triangular: Arte Deste Século. Foto: Beto Monteiro/CAL-DEX.

 

Coleções e acervos que guardam a memória e contam a história da Universidade de Brasília serão integrados por meio da Rede de Museus, uma parceria do Decanato de Extensão (DEX) com o curso de Museologia da UnB. O Programa Especial Rede de Instituições Museais, Acervos Museológicos e de Interesse Público foi aprovado em resolução da Câmara de Extensão (CEX) em 4 de agosto. 

 

A ideia é proteger a memória de instituições museais e de espaços da UnB que contêm coleções e acervos materiais ou imateriais por sua relevância histórica, artística ou cultural. "O DEX buscou soluções democráticas e inclusivas, entendendo que esses espaços e coleções são relevantes, pois remontam à própria história da UnB", diz a professora Monique Magaldi, coordenadora do curso de Museologia da UnB.

 

Os estudos sobre as coleções e acervos da UnB foram realizados desde 2015. "Em um primero mapeamento, foram identificadas 15 instituições museais ou que têm coleções passíveis de musealização, e outros 100 espaços com coleções utilizadas em atividades de ensino, pesquisa e extensão”, explica Magaldi. 

 

Estes espaços incluem a Casa da Cultura da América Latina (CAL) e a Casa Niemeyer, geridas pelo DEX, além do Museu de Geociências, Museu de Ciência e Tecnologia, Museu de Anatomia Humana e Espaço Piloto, entre outros espaços.  

 

A partir dos estudos realizados, identificou-se a necessidade de se pensar uma política de preservação, conservação e comunicação dos espaços museais presentes na Universidade. 

 

“O programa será desenvolvido em etapas. Em um primeiro momento, serão analisados aspectos técnicos e legais, por exemplo, a realização do mapeamento, diagnóstico dos museus e das coleções e acervos passíveis de musealização”, diz a professora. “O mapeamento permite identificar e estabelecer medidas de segurança e conservação”. 

 

Depois, a proposta é desenvolver editais específicos que permitam a realização de assessoramento técnico em ações de conservação e documentação museológica, além do desenvolvimento e a implantação de projetos educativos e culturais. 

 

A Rede de Museus também vai utilizar plataformas digitais, como a Tainacan, projeto coordenado pelo professor Dalton Martins, da UnB, para difundir os acervos. A plataforma já é utilizada para permitir o acesso público ao acervo artístico da CAL. “A expectativa é que possamos oportunizar o acesso aberto aos diferentes acervos tecnológicos, científicos e culturais da universidade à comunidade da UnB e à sociedade em geral”, diz a decana de Extensão da UnB, Olgamir Amancia. 

 

Segundo Olgamir Amancia, a Rede de Museus pode estimular a criação de mais espaços para visitação na UnB: “Como um programa especial, ele tem uma perspectiva estratégica de reconhecer a importância das coleções e museus para a sociedade, estimular a articulação em rede dos espaços já existentes e de fomentar novos espaços na universidade, assegurando a comunicação desses espaços com a sociedade”.

ATENÇÃO O conteúdo dos artigos é de responsabilidade do autor e expressa sua visão sobre assuntos atuais. Os textos podem ser reproduzidos em qualquer tipo de mídia desde que sejam citados os créditos do autor. Edições ou alterações só podem ser feitas com autorização do autor.