Evento com projetos de extensão e população local ocorreu no dia 5 de novembro 

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Apresentação de Martinha do Coco, com projetos Leitureiros e Paranoá em Cena ao fundo. Foto: Marcella Garritano. 

 

Com a participação da população local, de movimentos sociais e gestores públicos, o Polo do Paranoá realizou seu primeiro Fórum de Extensão no último sábado (5). O público de mais de cem pessoas pode ouvir demandas da comunidade, curtir apresentações culturais e participar de oficinas com os 19 projetos de extensão que atuam na região.

 

Coordenado pela professora Erondina Azevedo, do Instituto de Física, o Polo de Extensão do Paranoá tem 19 projetos nas áreas de educação, saúde, cultura, meio ambiente, direitos humanos e tecnologia. Entre os projetos, está o coordenado por Erondina, Monitoramento dos Impactos Ambientais em áreas urbanas, além do Projeto Nossas Vozes: comunicação para adolescentes e jovens, Cine Pipoca no Rolê e LeiA - Leitura e Ação Lúdico-Pedagógica para Crianças, entre outros.

 

A comunidade pode participar de oficinas de confecção de sabão e sabonete com o projeto Colaboração para a vida, oficina de criação de máscaras e apresentação de Teatro Lambe-Lambe com o projeto Paranoá em Cena, e oficina do projeto AquaRiparia. A mestra de cultura popular Martinha do Coco também cativou o público com uma animada apresentação.

 

“É um passo para que esse diálogo entre a comunidade e a universidade, que vem de longa data, fique cada vez mais fortalecido”, disse Rogério Ferreira, diretor de Desenvolvimento e Integração Social do Decanato de Extensão (DDIS/DEX). “Objetivo é fazer essa troca entre todos os professores que estão aqui, e mais importante, ouvir vocês da comunidade para que a gente construa junto de vocês. Temos esse compromisso social de estar junto com a comunidade no desenvolvimento de projetos”.

 

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Militante histórica do Paranoá, a professora aposentada Maria de Lourdes Pereira apresentou uma das principais demandas: a criação do campus UnB Paranoá. Desde 1986, o Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá (Cedep), do qual é fundadora, desenvolve projetos na região em parceria com a Universidade de Brasília. “É assim que temos construído nossos conhecimentos e ajudado vocês a construir o conhecimento de vocês. Estou muito satisfeita de ver 19 projetos comprometidos com essa comunidade”, comemorou.

 

Maria de Lourdes foi uma das representantes eleitas para o Conselho do Polo de Extensão do Paranoá, com mais duas moradoras da comunidade e dois professores da UnB.

 

João Bosco Bezerra foi eleito para a suplência do Conselho e faz parte da Associação Cultural Jornada Literária do Distrito Federal, que promove ações na área da literatura. Ele cobrou uma participação ampla da UnB na região. “É de nosso interesse que os professores possam oferecer projetos em várias áreas, queremos ampliar esse trabalho de participação no Polo”, disse.

 

Os professores da UnB também pediram uma participação ativa da comunidade no desenvolvimento dos projetos. Edilson de Souza Bias, coordenador do projeto Aplicações de geotecnologias como ferramenta de análise sobre mobilidade na Região Administrativa do Paranoá, disse que o projeto precisa da colaboração da população para ser finalizado: “O que nós queremos é fazer a análise de quais são as dificuldades de mobilidade e construir um modelo que pode ser facilitador, para ser apresentado para a Administração da cidade”, explicou.

 

“Esses professores aceitaram o desafio de fazer acontecer. É pela ação concreta desses colegas que tudo isso acontece, professores, estudantes, todos que participam do processo”, disse a decana de Extensão da UnB, Olgamir Amancia. “A esperança é que a partir de 2023 tenhamos mais recursos, mais suporte, para fazer os projetos aqui”.

 

REPE – A partir da perspectiva de expansão territorial da Universidade, surgiu a Rede de Polos de Extensão (REPE), oficializada em abril de 2022. A resolução, aprovada pela Câmara de Extensão (CEX), estabelece a REPE como um Programa de Ação Contínua gerido pelo DEX. A ideia é integrar projetos que já são realizados e estimular a criação de novas propostas. Hoje, 61 projetos atuam nos cinco Polos de Extensão. A Rede deve integrar ações interdisciplinares de extensão, articulada com ensino e pesquisa.

 

Além do Paranoá, a UnB tem Polos de Extensão na Cidade Estrutural, Recanto das Emas, território Kalunga (que está nos municípios de Cavalcante, Teresina de Goiás e Monte Alegre, em Goiás) e Chapada dos Veadeiros (em Alto Paraíso, Goiás).

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